sexta-feira, 10 de julho de 2015

toda uma vida

Se poder me fosse dado
gostaria de reter da vida
instantes e momentos
dugìdiamente vividos
porque dessa vida
que de sonhos programada
perdura o que não quis
afasta o que desejei
porque não tive olhos
para ver o que seria
e por isso sinto nulo
tudo quanto sonhei
e se me negou
de pouco já me serve
o pensamento de que o
futuro
assim não será
porque cansada
mas não desiluidida
me devolvo ao tempo de partida.

2 comentários:

  1. Falta em SE no 1º verso e agora não sei como colocá-lo e não quero apagar tudo. Assim, quem ler vem ao comentário e já vê verso completo..
    E não é tempo de partida, mas sim PONTO de partida.
    É a comoção que me faz errar tanto .
    Há precisamente 60 anos que comecei, cheia de entusiasmo, a dar os primeiros passos para ir estudar MEDICINA. Realizei a minha paixão. Sempre muito ajudada pelo carinho dos meus Pais e Irmão e também pelo esforço económico que os levou a abdicar de alguns sonhos. Nunca agradeci o suficiente. Também fui empurrada e acarinhada pelo meu namorado, sempre presente. Também nunca agradecerei a sua compreensão nos meus dias de angústia, que se continuou pela vida fora até hoje. Porque temos de sacrificar a nossa família para continuarmos com o nosso sacerdócio?. è difícil ser médico, mas é muito mais difícil ser marido/esposa e filho de médico. Peço perdão.

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  2. Não peças Nicola.
    Tudo se passou como se devia ter passado. É fácil olhar para trás, comentar e dizer devia ter sido assim. Mas temos que reagir no momento, com o pensamento da ocasião, da idade e da falta de experiência.
    É assim uma vida. Neste caso foi a nossa.
    Foi boa.
    Um beijo

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